Autoras: Beatriz Ferreira Figueiredo, Amanda Martins Correia

Resumo: O objetivo do presente estudo é analisar a violência doméstica, em especial o tipo psicológico, sofrida por mulheres como reflexo da desigualdade material na legislação brasileira, sob a ótica do filme “O Homem Invisível” do diretor Leigh Whannell. Inicialmente, será debatido qual o conceito de igualdade historicamente construído e adotado pelo ordenamento do Brasil e de que maneira isso afeta a conquista de direitos femininos. Uma das consequências da luta por igualdade de gênero foi a Lei Maria da Penha, um marco contra a misoginia, a qual coíbe a violência doméstica e familiar, estabelecendo mecanismos para a sua punição, prevenção e erradicação. Todavia, falhas podem ser encontradas e algumas medidas carecem de efetivação, como será apresentado ao longo do texto. Em seguida examinam-se as definições de violência de gênero e a forma como ela se manifesta, dando ênfase à violência psicológica, cuja vivência ainda que prejudicial, é silenciosa. Com a finalidade de representar de forma audiovisual esse problema, o artigo irá salientar os pontos mais importantes da narrativa cinematográfica de Whannell em contraposição à realidade concreta de relacionamentos abusivos. Ao fim, a discussão será direcionada para as consequências perigosas desse trauma e a importância da denúncia social, como a crítica realizada no filme, para fins de precaução de comportamentos agressivos no âmbito da relação íntima ou doméstica.

Palavras-Chave: Igualdade. Violência de gênero. Violência Psicológica. O Homem Invisível (filme).

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